Investimento Direto Estrangeiro em Portugal

Investimento Direto Estrangeiro em Portugal

Os dados do Banco de Portugal vêm acrescentar o setor imobiliário como um dos que mais tem impulsionado o Investimento Direto Estrangeiro em Portugal, explicado pelo dinamismo do setor da construção, tendo-se verificado um aumento do número de projetos imobiliários de âmbito residencial. Aliado a isto está também o aumento da disponibilidade das instituições bancárias para conceder crédito à habitação.

 

O que é o Investimento Direto Estrangeiro?

O Investimento Direto Estrangeiro é um tipo de investimento realizado por uma entidade residente num determinado país, com o objetivo de estabelecer um interesse duradouro numa empresa residente num país diferente. Ocorre quando um investidor passa a deter mais de 10% de capital ou direitos de voto numa empresa.

Os resultados estatísticos da análise do Investimento Direto Estrangeiro em Portugal são importantes e podem ser apresentados conforme a informação que se pretende recolher.

Pelo princípio direcional, os dados são analisados por forma a perceber-se a direção do Investimento, que pode ser Investimento de Portugal no Exterior (IPE) e Investimento Direto Estrangeiro em Portugal (IDE). Existe ainda o investimento entre empresas irmãs (UCI) que se refere ao investimento em empresas sob controlo do mesmo investidor.

Pelo princípio ativo-passivo, os dados são apresentados numa perspetiva macroeconómica de criação de ativos ou passivos em relação ao exterior.

O Investimento Direto Estrangeiro tem um papel fundamental no crescimento e recuperação das economias. Para além do crescimento económico, onde o Investimento Direto Estrangeiro em Portugal tem muito impacto, este também promove a competitividade, a criação de emprego, a integração tecnológica e até mesmo, contribui para o aumento das exportações.

Por sua vez, os estímulos que conduzem à decisão de investimento noutros países, por parte dos investidores, podem ser fatores como os custos de produção, o nível de produtividade daquela economia, o capital humano, o nível salarial, a dimensão do mercado em que se pretende entrar, o grau de abertura ao exterior, a competitividade tecnológica, a estabilidade económica, os incentivos fiscais, a taxa de câmbio, e muitos outros motivos que ainda geram discussão. No caso português, a estabilidade do clima social, é um dos fatores mais atrativos para os investidores.

 

O Imobiliário como um setor de destaque para o Investimento Direto Estrangeiro em Portugal

Portugal está no top 10 das economias mais atrativas para Investimento Direto Estrangeiro (IDE), e, a favorecer esse interesse, está o Setor Imobiliário.

De acordo com um estudo – o EY Attractiveness Survey Portugal – realizado pela Ernst & Young Global (EY), as áreas de atividade com maior destaque de Investimento Direto Estrangeiro em Portugal em 2020, foram a Manufatura (apesar da descida em comparação com o ano anterior a esse) e a Investigação e Desenvolvimento (atividades de I&D), sobretudo nas vertentes Digital e Tecnologias de Informação (TI).

O referido estudo coloca nos primeiros lugares da lista das economias mais atrativas, a França, o Reino Unido e a Alemanha, lista esta onde Portugal também se encontra, e agora nos dez primeiros lugares, tendo subido uma posição desde o último ano. Este estudo anual avalia a atratividade de Portugal enquanto país destino de investimento externo direto, sob a perceção dos investidores estrangeiros.

 

O Investimento Direto Estrangeiro em Portugal

Em termos económicos, a recolha de dados de Investimento direto Estrangeiro em Portugal pode ser benéfica e permitir-nos uma análise macroeconómica da balança de pagamentos e da posição de investimento internacional, mas também a análise das motivações e dos impactos do investimento, tendo a par disso, possibilitado constatar que o setor imobiliário tem exercido grande influência no investimento direto estrangeiro em Portugal.

Desta forma foi possível verificar-se um aumento significativo em compras de propriedade e participações de capital por parte de investidores estrangeiros, no primeiro trimestre deste ano, tendo como comparação o mesmo período de 2020, demonstrando haver um aumento do interesse em Portugal para os investidores.

Se nos debruçarmos apenas nos dados do setor imobiliário, este reteve 26% da entrada de fundos estrangeiros, tendo mantido a tendência de crescimento face a anos anteriores, apesar dos impactos negativos da crise pandémica.

Em 2020, os investidores estrangeiros injetaram na economia portuguesa 5,9 mil milhões de euros em forma de capital face a 6 mil milhões em 2019, confirmando-se a tendência.

O departamento de estudos do Banco Central refere em comentário que o investimento em construção aumentou, assim como a procura nacional e internacional pela componente residencial.

Um exemplo de como o Investimento estrangeiro pode impactar de forma tremendamente positiva a economia de um país, é o caso da Autoeuropa, uma das unidades de produção da Volkswagen, que é considerado o maior Investimento direto Estrangeiro em Portugal. Em seu redor foi criada uma rede de fornecedores, tendo, também esta, atraído diversas outras empresas e criado milhares de postos de trabalho.

A presença de multinacionais pode contribuir para o desenvolvimento da região, sendo também um incentivo à restruturação das empresas portuguesas, um incentivo à concorrência e ao uso de tecnologias mais avançadas.

Se pensarmos que para além do setor automóvel, também o setor imobiliário, pode impactar a economia desta forma, como está desde já a fazer, notamos que é deste tipo de investimento que Portugal precisa para alcançar um maior nível de crescimento económico.

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Previsões para o futuro

Após o controlo do período pandêmico que o mundo atravessa, é expectável a normalização da atividade económica.

Espera-se uma recuperação do investimento residencial encorajado pelo recebimento dos fundos europeus previstos no Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal.

A identificação pela União Europeia da necessidade de renovação dos edifícios como uma das prioridades para a transição ecológica, também deverá impulsionar o mercado residencial, através da dinamização da construção habitacional e também da valorização do parque habitacional, já a partir do próximo ano.

 

Conclusão

O setor imobiliário muito se tem dinamizado nos últimos anos. O setor da construção tem-se adaptado à necessidade de melhoria de materiais e tempos de construção, o setor bancário tem disponibilizado diferentes possibilidades de concessão de crédito, e, até a própria população tem verificado mais vantagens na compra de casa. Todo este panorama contribui direta e indiretamente para o desenvolvimento do país. Contribuição essa que se tem verificado pelo aumento do interesse no Investimento Direto estrangeiro em Portugal.

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